Viajar pelo Cáucaso: O Milenar Cruzamento Eurasiático com estruturas avant-garde

Descubra o milenar cruzamento eurasiático, onde estruturas avant-garde contrastam com o retro. Ao viajar pelo Cáucaso explore a rica culinária, saboreando khachapuri georgiano, lavash armênio e plov azeri, enquanto visita vinhedos, mosteiros e mercados vibrantes.

EUROPA

Daniel Ribas

7/21/20192 min read

a map of Georgia
a map of Georgia

Geórgia

Numa noite longa de agosto, no meio de dois bocejos sonolentos, aterramos em Tbilisi, a capital da Geórgia. Já fora do aparelho, debaixo de um céu preto azulado, respiramos a brisa fresca do Cáucaso antes de subirmos as escadas dum moderno autocarro, mas só para sair vinte metros depois! Estávamos quase sentados quando nos mandaram sair. Atónitos pela injustificada hospitalidade entramos no terminal para mais uma surpresa, os guardas alfandegários, visivelmente aborrecidos pela calmaria da noite, revistaram-nos desmesuradamente dos pés à cabeça. De maneiras que, quando saímos do aeroporto, tínhamos um casal idoso já cansado de esperar. Começaram por falar numa língua surpreendente, mas que não pudemos compreender. Encolhemos os ombros! Eles tentaram outro idioma e, foi assim que descobrimos que, aqui, a língua franca é o russo! Visto que somos disléxicos nas duas, fomos então conduzidos, afetuosamente, num silêncio embaraçoso, até ao carro. O condutor não era do tipo conversador, mas, assim que entramos na estrada nacional, a senhora expandiu-se num monólogo luxuriante, como se dominássemos todos o idioma e fossemos velhos amigos que nunca se viram. Felizmente a viagem foi curta.

Tbilisi

Em Tbilisi, visitamos as ruas principais, renovadas, preenchidas por bares afáveis e cafés modernos. A contrastar com as primeiras, as ruas secundárias – com casas velhas, mas bonitas, varandas tradicionais de madeira recortada, mas infelizmente, periclitantes e em risco de desabamento. Fotografamos a popular torre do relógio; cruzamos o rio Mtkvari pela elegante ponte de aço e vidro – a “ponte da paz”, uma das várias estruturas avant-garde a contrastar com o retro e o decrepito neste milenar cruzamento eurasiático; apanhamos o teleférico para o forte Narikala, que nos elevou, a um nível de contemplação, literalmente, superior; tropeçamos numa admirável exposição fotográfica a céu-aberto; visitamos a Galeria Nacional e; à tarde, apanhamos o funicular que nos carregou até ao topo da montanha, a Mtatsminda. No regresso a casa, paramos à conversa, frente ao parlamento, com um dos poucos, mas determinados manifestantes, que nos disse: – “estamos aqui pela justiça, liberdade e democracia. Na Geórgia grande parte das pessoas são ortodoxas e destas muitas são conservadoras, nomeadamente, muitas das pessoas com assento parlamentar. Ultimamente, a aproximação ideológica com o Kremlin tem afastado o país da Europa Ocidental, assim como, atacado minorias religiosas e censurado a liberdade de expressão. Na última grande manifestação popular alguns ativistas proeuropeus foram presos. Estamos aqui para exigir a sua libertação imediata.”

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