Descubra Ruínas Ancestrais e Cidades Coloniais no México
Viajar pelo México é uma experiência única, repleta de ruínas ancestrais, cidades coloniais e paisagens deslumbrantes. Explore praias paradisíacas, selvas exuberantes e a rica história cultural de lugares como a Cidade do México e Guanajuato.
AMÉRICA
Daniel Ribas
7/22/20173 min read


A partida...
Hoje, comecei o dia numa corrida involuntária contra o tempo. Sai do sono tarde e, apesar de estar atrasado, ainda precisei de acrescentar uma paragem para levantar dinheiro. É chato atravessar o oceano Atlântico só para descobrir, do outro lado, que o dinheiro de plástico não tem utilidade. Assim que a caixa multibanco processa a transação, agarro nas notas, rodo nos calcanhares e vou para arrancar quando, para o meu espanto, sou interpelado e acusado de, imaginem só, – apropriação e desvio do capital alheio! Ao que parece a miséria adora mesmo companhia porque, agora, à falta de tempo juntou-se a pouca sorte. Uma senhora garante, com uma voz aflitiva, que o dinheiro que eu embolsei não é meu, mas dela: – “eu efetuei um levantamento antes de ti e as notas não saíram, por isso, esse dinheiro é meu”. Fiquei aturdido com a velocidade dos acontecimentos – e comecei a imaginar o meu avião para o México a extinguir-se no horizonte, juntamente com a esperança, os sonhos e o futuro. Ainda assim, tive discernimento para sacar o talão com os últimos movimentos e, após provar a minha inocência, abalei sem esperar pelo merecido pedido de desculpas.
Aeroportos!
A Ana viu-me chegar à estação numa corrida descontrolada, mas não me deu tempo para eu me gabar do acontecido – na plataforma 1 saltamos para dentro do comboio, já em andamento, com destino ao aeroporto de Stansted. No balcão de atendimento, uma das malas levanta suspeitas por só conter líquidos. Dizem-nos que é estranho e encaminham-nos para uma tramitação mais complexa. O agente aduaneiro, fez vários testes e não foi capaz de encontrar as suspeitas levantadas pelos colegas. No entanto, não parecia satisfeito, de maneiras que, fez questão de nos deixar com uma cara que insinuava desconfiança. O que me levou a pensar: – de manhã passei por ladrão, agora julgam que sou terrorista… pelo andar da carruagem quando chegar ao México vou ser promovido a traficante. E claro, como não há 2 sem 3, quando aterramos no aeroporto de Cancún, enquanto esperava pelas malas, fui farejado por um cão polícia. Atirou-se a mim de focinho! – Será que já me puseram droga na mochila, pensei? E devem ter pensado todas as pessoas à minha volta – certamente contaminadas, pelo mesmo tipo de cliché cinematográfico. O Sr. agente mandou sentar o pastor alemão e pediu-me, educadamente, para abrir a mochila. Fico apreendido e os dedos escorregam-me no zíper… à minha volta, as pessoas giram o olhar julgador na minha direção como se fossem girações e eu fosse o sol, depois imóveis, aguardam expectantes pelo pior cenário… os meus dedos trémulos e hesitantes encravam o fecho e o “suspense” atinge um nível critico! Chegamos, então ao aguardado clímax debaixo de um intenso e perturbador silêncio: o cursor começa finalmente a desengrenar lentamente os dentes metálicos do fecho-ecler, a mochila abre e os meus haveres são expostos em praça pública! Chegados ao momento da verdade – o agente confisca-me os bens ilícitos: 2 tangerinas e 2 bananas. A fruta não é “vienbenida” – uma medida para prevenir contaminações. Eu respiro de alívio, enquanto, a minha plateia vira costas como se tivesse sido enganada por um artista de rua barato e, o agente patudo, recebe 2 biscoitos por ter apanhado mais um traficante de fruta. A Ana, entretanto, chega da casa de banho, vê o aparato e encolhe os ombros como quem diz: isto promete! Eu não disse nada… ainda não recuperara o uso da fala.
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