Moçambique: Praias de Bazaruto e Tofo
Descubra Moçambique de lés-a-lés, um paraíso com praias deslumbrantes como Bazaruto e Tofo. Aproveite as águas cristalinas do Oceano Índico, explore cidades vibrantes como Maputo e Vilankulos, e delicie-se com a rica culinária moçambicana repleta de sabores únicos.
AFRICA
Daniel Ribas
5/20/20132 min ler


Nampula
Da Ilha de Moçambique viajamos de “chapa” (uma espécie de carrinha de 9 lugares 🚎) para Nampula. São ainda visíveis as feridas da guerra porque a estrada, roída pelas minas, ainda não se recompôs. Os nossos olhos surfam o terreno e ainda encontram muitas carcaças enferrujadas e queimadas que confirmam a história turbulenta!
A chapa já partiu com lotação esgotada, mas pela estrada afora, nada a impediu de ficar ainda mais sobrelotada. Entraram mais pessoas e materiais - são vendedores, vão vender na cidade da Beira, disseram-nos! No banco de trás as galinhas cacarejam asfixiadas pelo calor; à frente, eu esforço-me para não fazer polpa de tomate com os sacos que tenho debaixo dos pés! Paramos e entra mais um saco, desta vez de carvão, só tem lugar ao colo da Ana e da Joana. As pessoas falam entre si como se fossem todas da mesma família! Para nós, é deliciosa esta maneira macua de falar português. Aqui com estas pessoas, o nosso idioma luso fez-se moçambicano. No falar distinguíamos África e Portugal. Nós a falar com a língua e eles a namorá-la. Não me dizem, mas percebo nos olhares a estranheza que sentem por estarmos ali! Muito provavelmente, não viajam ao lado de turistas todos os dias... e eu imagino porquê!
A estranha cidade da Beira
Na cidade da Beira, passeamos de chopela, uma espécie de tuque-tuque. Subitamente, quando o trânsito nos fez desacelerar, quase me levaram a mochila de arrastão! Felizmente, estava a segura-la com firmeza - desta vez, tive sorte. Visitamos a cidade descuidada e envelhecida. Depois, fomos ao aeroporto para reaver a enigmática mala da Joana. Ao entardecer compramos batiques num pequeno, mas interessante mercado local e, por fim, recarregamos as baterias para a viagem da manhã seguinte 🍌.
O velho autocarro fez-se à estrada antes do sol nascer. Ainda não deviam ser 8 horas da manhã e já tresandava a frango assado. Sempre que parávamos vendedores locais corriam para as janelas abertas e acotovelavam-se para vender aos viajantes frutas, animais mortos e vivos, vegetais e algum artesanato. Algumas pessoas neste autocarro parecem-me revendedores, compram nas aldeias, durante a viagem e depois vendem pelo dobro e se possível até pelo triplo na cidade. Quando veem uma oportunidade de negócio gritam a plenos pulmões: - motorista, pára, quero 300 meticais de cajus; outro diz: - 100 de bananas... ó diabo, isto é uma feira com rodas, pensei!
Continua...
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